segunda-feira, 13 de abril de 2009

Edvard Munch (1863- 1944)







































Edvard Munch estudou na Escola de Artes e Ofícios de Oslo, adquirindo influências de Courbet e Manet. Ideologicamente falando, o pensamento de Henrik Ibsen e Bjornson marca o início da sua carreira. A arte era vista nesse tempo como uma arma destinada a lutar contra a sociedade. Assim, os temas sociais estavam invariavelmente presentes em O Dia Seguinte e Puberdade de 1886. A Rapariga doente (Das Kränke Mädchen - 1885) inaugura uma temática que ganharia muita força no seu trilho artístico. Edvard Munch fez inúmeras versões deste último trabalho e os seus sentimentos sobre a doença e a morte, que tinham marcado a sua infância, assumem um significado mais vasto, significado esse que se metamorfoseia em imagens que ilustram a fragilidade e a fugacidade da vida, (refira-se que a sua mãe falecera quando ele tinha 5 anos, a irmã mais velha aos 15 anos, a irmã mais nova era vitima de uma doença mental e uma outra irmã morrera meses depois de casar, o próprio Edvard Munch, estava sistematicamente doente, estes dissabores atribuíram-lhe uma visão bastante singular do que é a vida). O seu estilo altera-se bastante, quando descobre em Paris a obra de Van Gogh e Gauguin. Em 1892, recebe um convite para uma exposição em Berlim, que se converte num momento crucial da sua carreira e da história da arte germânica. Estreia um projecto que apelida de O Friso da Vida. Aos 30 anos Edvard Munch pinta O Grito, que se transformou na sua obra máxima. O quadro retrata a angústia e o desespero e foi inspirado nas decepções do artista tanto no amor nas amizades. Em 1896, em Paris, ganha interesse pela gravura, trazendo inovações a esta técnica. As suas obras neste período declaram uma segurança notável. Em 1914 inicia a realização de um projecto de decoração para a Universidade de Oslo, usando uma linguagem simples, com fundamentos baseados na tradição popular. As últimas obras de Edvard Munch são um sumário da sua preocupação existencial: Entre o Relógio e a Cama, Auto-Retrato de 1940. Toda a obra está embutida de obsessões pessoais: a morte, a solidão, a melancolia e o pânico da força da natureza.O gritoEsta obra é inspirada nos traumas de Munch, reflectindo a perturbação incutida por desilusões amorosas e de amizades, mas principalmente pela sua amargada infância marcada pelas mortes de sua mãe e irmã, bem como o facto de ter cortado relações com o seu pai. Para complementar o quadro de sofrimento de sua vida, outra irmã sua é diagnosticada com Doença Bipolar e consequentemente internada num Hospital psiquiátrico. A frase que Edvard Munch utiliza para descrever o quadro, serve de ilustração do em cima referido: “Caminhava eu com dois amigos pela estrada, então o sol pôs-se; de repente, o céu tornou-se vermelho como o sangue. Parei, apoiei-me no muro, inexplicavelmente cansado. Línguas de fogo e sangue estendiam-se sobre o fiorde preto azulado. Os meus amigos continuaram a andar, enquanto eu ficava para trás tremendo de medo e senti o grito enorme, infinito, da natureza.”Madonna
O título sugere uma imagem de Maria, a mãe de Jesus, embora seja altamente fora do comum, visto que até à data tinha sido sempre representada com muito pudor e como uma mulher madura. A figura nesta obra ostenta ser jovem, talvez até adolescente, e é convertida numa figura sensual. Ela estende seus braços por trás de si própria, chamando a atenção do espectador para o seu corpo. Contudo, mesmo nesta invulgar pose, ela incorpora alguns dos elementos-chave das canónicas representações da Virgem, ela ostenta imperturbabilidade e confiança, bem como uma perceptível tranquilidade. Seus olhos estão cerrados, manifestando modéstia.Entre O Relógio e a CamaEsta pintura exprime uma total despreocupação para com a vida. A obra representa um auto retracto do autor, que não só representa a sua figura humana bem como os objectos que o rodeiam. O facto de Munch estar entre o relógio e a cama, indica que ele não mais se preocupa com o tempo, impávido e sereno espera a hora da sua morte.A PuberdadeUma adolescente está sentada no centro de uma cama, olhando fixamente o espectador. Ostenta uma expressão séria, tensa e ansiosa. Encontra-se de pernas juntas, fortemente pressionadas, mantendo as mãos cruzadas sobre o nu de seu corpo claramente transparecendo virgindade, pureza. Por detrás de si a adolescente tem uma sombra fria.O significado desta obra, encontra-se no normal crescimento e num despertar para o interesse sexual, apontando os perigos directamente ligados ao mesmo.








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