segunda-feira, 20 de abril de 2009

FUTURISMO

1909
Único movimento italiano de vanguarda, no entanto o mais radical de todos, por pregar ruidosamente a anti-tradição. Ao contrário de movimentos como o Fauvismo e o Cubismo, que foram assim chamados pelos seus antagonistas, o Futurismo escolheu o seu próprio nome e propagou as suas ideias através de manifestos.
Fundado por Filippo Tommaso Marinetti com a publicação do Manifesto fundador do Futurismo (1909), tinha o intuito de que as artes demolissem o passado e tudo o mais que significasse tradição, e celebrassem a velocidade, a era mecânica, a electricidade, o dinamismo, a guerra. Surgiu como uma forma de superar as novas tendências e correntes artísticas de então, adiantando-se a todas elas. A Marinetti juntaram-se Umberto Boccioni, Luigi Russolo e Carlo Carrà, autores do Manifesto dos pintores futuristas, 1910 (no mesmo ano, Boccioni redigiria o Manifesto técnico da pintura futurista). Um ano depois aconteceria a primeira grande exposição futurista, que contaria com 50 obras desses artistas, as quais chamaram a atenção mais pelo tema que pela linguagem, embora insistissem no fato de que a tecnologia e o progresso deveriam ser expressos em novas e audaciosas formas de arte.
Com a guerra de 1914, o Futurismo chegou ao fim. Artistas como Boccioni sucumbiram em combate, outros à tradição. Marinetti a ideais políticos, ajudando o Fascismo a chegar ao poder. Alguns jovens artistas tentaram reavivá-lo após 1918, mas sem sucesso; porém, a sua influência sobre os outros movimentos modernos foi importante e duradoura.

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