quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Jean Honoré Fragonard (1732 1806)

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

BARROCO

No final do século XVI surgiu na Itália uma nova expressão artística, que se contrapunha ao maneirismo e às características remanescentes do Renascimento. O Barroco pode ser considerado como uma forma de arte emocional e sensual, ao mesmo tempo que se caracteriza pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação.
O Barroco está intrinsecamente ligado à Igreja Católica, patrono das artes nessa época, que o encorajou como reacção ao movimento protestante, procurando incentivar um retorno a práticas tradicionais e espirituais. Desta forma, temos uma arte directamente comprometida e servindo de elemento de propaganda. Nasceu em Roma mas em seguida diversificou-se, à medida que cada País Europeu o adoptava e adaptava. Enquanto em Itália o Barroco apresentou elementos mais pesados, nos Países protestantes o estilo tornou-se mais ameno.
Embora tenha o Barroco assumido diversas características ao longo da sua história, o seu surgimento está intimamente ligado à Contra-Reforma. A arte barroca procura comover intensamente o espectador.
Nesse sentido, a Igreja converte-se numa espécie de espaço cénico, num teatro sacro onde são encenados os dramas.
O Barroco é o estilo da Reforma católica também denominada de Contra-Reforma. Arquitectura, escultura, pintura e todas as belas artes, serviam de expressão ao Barroco nos territórios onde ele floresceu: a Espanha, a Itália, Portugal, os países católicos do centro da Europa e a América Latina.
O catolicismo barroco também impregnou a literatura, e uma das suas manifestações mais importantes e impressionantes foram os "autos sacramentais", peças teatrais de argumento teológico, reflexo do espírito espanhol do século XVII, e que eram muito apreciados pelo grande público, o que denota o elevado grau de instrução religiosa do povo.
Contrariamente à arte do Renascimento, que pregava o predomínio da razão sobre os sentimentos, no Barroco há uma exaltação dos sentimentos, a religiosidade é expressa de forma dramática, intensa, procurando envolver emocionalmente as pessoas.
Além da temática religiosa, os temas mitológicos e a pintura que exaltava o direito divino dos reis (teoria defendida pela Igreja e pelo Estado Nacional Absolutista que se consolidava) também eram frequentes.
De certa maneira, assistimos a uma retomada do espírito religioso e místico da Idade Média, numa espécie de ressurgimento da visão teocêntrica do mundo. E não é por acaso que a arte barroca nasce em Roma, a capital do catolicismo.
A escola literária barroca é marcada pela presença constante da dualidade. Antropocentrismo versus teocentrismo, céu versus inferno, entre outras constantes.
Contudo, não há como colocar o Barroco simplesmente como uma retomada do fervor cristão. A sua grande diferença do período medieval é que agora o homem, depois do Renascimento, tem consciência de si e vê que também tem valor - com exemplos em estudos de anatomia e avanços científicos o homem deixa de colocar tudo nas mãos de Deus.
O Barroco caracteriza-se, portanto, num período de dualidades; num eterno jogo de poderes entre divino e humano, no qual não há mais certezas. A dúvida é que rege a arte deste período. E nas emoções o artista vê uma ponte entre os dois mundos, assim, tenta desvenda-las nas suas representações.

O Barroco e a Religião
O Concílio de Trento, o 19º concílio ecuménico, convocado pelo Papa Paulo III para assegurar a unidade de fé e a disciplina eclesiástica, realizou-se de 1545 a 1563, no contexto da reacção da Igreja Católica à cisão vivida na Europa do século XVI, diante da Reforma Protestante. É conhecido como o Concílio da Contra-Reforma e foi o mais longo da história da Igreja. O Concílio emitiu numerosos decretos disciplinares, em oposição aos protestantes e estandardizou a missa, abolindo largamente as variações locais. Regulou também as obrigações dos bispos e confirmou a presença de Cristo na eucaristia.
Definiu, de forma explícita, que a arte deve estar a serviço dos ritos da Igreja, através de imagens, tidas como elementos mediadores entre a humanidade e Deus. Os protestantes iconoclastas criticam precisamente esse amplo uso de imagens sagradas. Para os teóricos da Contra-Reforma, no entanto, tais imagens constituem um meio privilegiado de doutrina cristã e da história sagrada.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

John Heartfield (1891-1968) - Dadaísmo, Fotomontagem

Deutschland, Deutchland Über Alles 1929 Photomechanical reproduction 23.9 x 18.8 cm Eastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York
Adolf the Superman Swallows Gold and Spouts JunkBefore 28 August 1932, printed before 1942Gelatin silver print35.4 x 24.6 cm; image: 33 x 24.1 cmMuseum of Fine Arts, Houston, Texas

Der Sinn des Hitlergrusses: Kleiner Mann bittet um grosse Gaben. Motto: Millonen Stehen Hinter Mir!The Meaning of the Hitler Salute: Little man asks for big gifts. Motto: Millions Stand Behind Me!1932Photomechanical reproductionThe Metropolitan Museum of Art, New York City


Die drei Weisen aus dem SorgenlandThe three magi from the Land of Sorrow"AIZ, Das Illustrierte Volksblatt", January 3, 1935, p. 16Rotogravure print, rephotographed montage with typography37.9 x 26.9 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York


Hitlers FriedenstaubeHitler's Dove of Peace"AIZ, Das Illustrierte Volksblatt", January 31, 1935, p. 80Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.5 x 26.4 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York

Fantasie zweier OstpaktjagerFantasy of two Eastern Pact hunters"AIZ, Das Illustrierte Volksblatt", February 7, 1935, p. 96Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.2 x 26.5 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York

Das Spiel Der Nazis Mit Dem FeuerThe Nazis Playing With Fire"AIZ, Illustrierte Volksblatt", February 28, 1935, p. 129Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.5 x 26.5 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York



Neue Erfolge der Naziheilkunde: SENF statt KaseNew success of Nazi medical science: Mustard instead of Cheese"AIZ, Illustrierte Volksblatt", March 8, 1935, p. 160Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.0 x 26.6 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York
Hitlers bester FreundHitler's Best Friend"AIZ, Illustrierte Volksblatt", August 15, 1935, p. 528Rotogravure print, rephotographed montage with typography37.8 x 26.5 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York
Auch ein PropagandaministerAlso a propaganda minister"AIZ, Das Illustrierte Volksblatt", August 22, 1935, p. 544Rotogravure print, rephotographed montage with typography37.8 x 26.8 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York
Der Platz an der SonneThe place in the sun"AIZ, Das Illustrierte Volksblatt", October 10, 1935, p. 656Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.0 x 26.5 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York
Die Lehre des WolfesThe Teaching of the Wolf"AIZ, Das Illustrierte Volksblatt", November 21, 1935, p. 752Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.1 x 26.7 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York
Ubermensch in NotenSuperman in Trouble"AIZ, Illustrierte Volksblatt", December 12, 1935, p. 800Rotogravure print, rephotographed montage with typography37.9 x 26.6 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York

O du frohliche, o du selige, gnadenbringende ZeitO Joyful, O blessed, miracle-bringing time"AIZ, Das Illustrierte Volksblatt", December 26, 1935, p. 832Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.3 x 26.6 cm
Hurrah, the Butter is All Gone!1935Rotogravure print, rephotographed montage with typography38,7x27,3 cmAkademie der Kunste, Berlin, Germany
Neueste Muster der Nazi-Lebensmittelindustrie 1936Latest samples of the Nazi food industry 1936"AIZ, Illustrierte Volksblatt", January 9, 1936, p. 32Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.2 x 26.6 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York

Der braune Tod vor den TorenThe brown death before the gates"AIZ, Illustrierte Volksblatt", January 10, 1936, p. 32Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.4 x 26.7 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York

Uniforfassen fur den Reichstag zu WormsCome get your uniforms for the Reichstag at Worms"AIZ, Das Illustrierte Volksblatt", January 23, 1936, p. 64Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.1 x 26.5 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York
Nach drei Jahren in der Zange!After Three Years in the Grip!"AIZ, Illustrierte Volksblatt", January 30, 1936, p. 80Rotogravure print, rephotographed montage with typography37.9 x 26.6 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York

Zum Fall Hamsun-Ossietzky Knut Hamsuns Kandidaten fur den Friedens NobelpreisOn the occasion of the Hamsun-Ossietzky case Knut Hamsun's candidates"AIZ, Das Illustrierte Volksblatt", February 6, 1936, p. 96Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.1 x 26.5 cm.Eastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York

An einen sterbenden italienischen SoldatenTo a dying Italian soldier"AIZ, Illustrierte Volksblatt", February 13, 1936, p. 112Rotogravure print, rephotographed montage with typography37.9 x 26.7 cm.Eastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York

Hitler erzahlt Marchen IIHitler tells fairy tales II"AIZ, Illustrierte Volksblatt", March 5, 1936, p. 160Rotogravure print, rephotographed montage with typography37.5 x 26.5 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York

Bevor der Krieg euch fallt, muss er fallen! Schafft die Volksfront, die den Frieden sichert!He must fall, before the war fells you! Create the Popular Front ..."AIZ, Das Illustrierte Volksblatt", May 27, 1936, p. 352Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.0 x 26.7 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York

Antwort Auf Ein Nazi-PlakatReply to a Nazi Poster"AIZ, Illustrierte Volksblatt", June 10, 1936, p. 384 Rotogravure print, rephotographed montage with typography38.0 x 26.7 cmEastman House Museum of Photography & Film, Rochester, New York

Em "Hurrah, the Butter is All Gone!, 1935" uma família alemã encontra-se sentada a uma mesa de jantar, a comer uma bicicleta. A obra lembra um poster de propaganda: a lealdade da família para com Hitler é evidenciada pelo retrato do Fuhrer e pelo papel de parede com a suástica. O bebé abocanha um machado, também ele com uma suástica e o cão lambe um enorme parafuso e porca. A legenda em baixo diz: "Viva, a manteiga acabou-se! Tal como Goering afirmou na sua casa de Hamburgo: "O ferro tornou o Reich forte. A manteiga e a banha tornaram as pessoas gordas". Ao tomar a retórica alemã à letra, Heartfield demonstra o absurdo da sua proposta política. Antinazi fervoroso, Heartfield considerava a arte como eminentemente política. Foi membro do grupo dadaísta alemão e aperfeiçoou a técnica da fotomontagem para reprodução em revistas e jornais, nos quais partes de fotografias com diversas origens eram combinadas, de forma a criticar e satirizar a realidade do governo hitleriano. Jonh Heartfield nasceu em Berlim (ALE) em 1891 e morreu na mesma cidade em 1968.

Raoul Hausmann (1886-1971) - Dadaísmo

Fotomontaje, 1930
L'esprit de notre temps (Tête mécanique) - Dada : l'art de la provocation - Centre Pompidou

Dada Siegt 1920 Watercolor and collage on wove paper, mounted on boardOverall 23 5/8 x 17 3/4 in.Private collection


The Art Critic1919-1920Photomontage and collage12 3/8 x 9 7/8 in.Tate Gallery, London
Esta obra é uma combinação inédita ,irónica e insólita de letras e imagens, colocando em prática os pressupostos dadaístas.


Kurt Schwitters(1887-1948) Dadaísmo

Revolving, 1919 Relief construction of wood, metal, cord, cardboard, wood, wire, leather, and Oil on canvas122.7 x 88.7 cmThe Museum of Modern Art. New York City

Merzbild Rossfett, c. 1919 Assemblage8 x 6 7/8 in. (20.4 x 17.4 cm)Private collection


Merzbild 5B (Picture-Red-Heart-Church), April 26, 1919.Collage, tempera, and crayon on cardboardGuggenheim Museum, New York


Konstruktion fur edle Frauen (Construction for Noble Ladies), 1919 Assemblage40 1/2 x 33 in. (103 x 83.3 cm)Los Angeles County Museum of Art


Merz Picture 25A: The Star Picture, 1920 Montage, collage and oil on cardboard104.5 x 79 cmKunstsammlung Nordrhein-Westfalen, Dusseldorf



Merz 163, with Woman Sweating, 1920.Tempera, pencil, paper, and fabric collage mounted on paperGuggenheim Museum, New York


Merz 199, 1921.Papers, fabrics, and paint on newspaperGuggenheim Museum, New York


Oval Construction, 1925 Wood, plywood, nails, and paintYale University Art Gallery, New Haven, Connecticut

Maraak, Variation I (Merzbild), 1930 Oil and assemblage of objects on board46 x 37 cmGuggenheim Museum, New York City

Opened by Customs, 1937 Paper collage, oil and pencil on paperTatte Gallery, London


Merzbilde med regnbue (Merzpicture with Rainbow), c. 1939Assemblage61 3/8 x 47 5/8 in. (155.9 x 121 cm)Private collection
Coloured wood construction, 1943 Oil, wood on wood34 x 28 cmKurt and Ernst Hannover Foundation

Hitler Gang, c. 1944 Collage13 5/8 x 9 5/8 in. (34.7 x 24.5 cm)Private collection

For Kate, 1947 Collage3 7/8 x 5 1/8 in. (9.8 x 13 cm)Private collection

Wood on Wood, 1947 Assemblage Private collection
Schwitters designou o seu programa estético de Merz, um termo sem significado especial que se referia aos seus poemas, a uma revista que editou e aos seus trabalhos plásticos. Desenvolvendo uma via quase orgânica, espontânea e automática- ASPECTOS QUE O IDENTIFICAM COM O DADAÍSMO- as suas obras (as Merzbild) são concebidas a partir da reunião de todo o tipo de materiais, objectos e residuos que encontrava ao acaso, segundo a técnica da colagem e assemblage.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Max Ernst- DADA

MANIFESTO DADAÍSTA DE TRISTAN TZARA





“Dada não fala,


Dada não tem ideias fixas,


Dada não apanha-moscas (…)


Dada faz mais vítimas num ano que a mais sangrenta das batalhas.


Dada existiu sempre. A Santa Virgem já era dadaísta.


”Dada nunca tem razão.”Os verdadeiros Dada são contra Dada.”


MANIFESTO FUTURISTA


Em 1909, enquanto o cubismo se desenvolvia em França, o poeta italiano Filippo Marinetti proclamava a partir de Milão, o nascimento de uma nova estética: o futurismo.


O Manifesto de Marinetti, verdadeiro hino à vida moderna, rejeita o passado (passadismo) e glorifica o futuro (daí a denominação de futurismo) que antevê prodigioso graças ao regresso da técnica.


A máquina, conquista e emblema do mundo moderno, assume o lugar central de ídolo dos futuristas e, com ela, a velocidade, a que devotam um verdadeiro culto.


Nas suas palavras podiam ler o seguinte:Nós queremos cantar o amor, o perigo, o hábito da energia e da temeridade, (…).


Nós afirmamos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova – a beleza da velocidade. Um automóvel, com o seu corpo ornado de tubos semelhantes a serpentes explosivas, um automóvel rugindo, que parece correr sobre a estrada, é mais belo que a Vitória de Samotrácia. (estátua grega da Antiguidade Clássica) (…).


Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda a natureza e combater o moralismo; o feminismo e toda a vileza oportunista e utilitária.Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as vagas multicolores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; (…)


cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas lutas eléctricas; (…) as fábricas penduradas nas nuvens pelos fios contorcidos de fumo; as pontes semelhantes a ginastas gigantesque cavalgam os rios (…)


as locomotivas de largo peito (…)


o voo rasante dos aviões cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.


Filippo Tommaso Marinetti, Manifesto do Futurismo, 1909

DADAÍSMO

O Dadaísmo foi um movimento originado em 1916, em plena 1ª Guerra Mundial, em Zurique. Foi no Cabaret Voltaire que o poeta Tristan Tzara (1896-1943) estabelece o nome do movimento pelo mesmo acaso e ironia que haveria de presidir às suas criações, pois abriu um dicionário aleatoriamente e deixou cair uma gota de água sobre uma página; “dada” seria seleccionado.
Assume-se como um movimento de ruptura com todas as formas culturais do passado, tinha como base um anarquismo niilista e o slogan de Bakunin: "a destruição também é criação”. Insurge-se contra a separação entre a arte e a vida. Contrários à burguesia e ao naturalismo, procuravam a destruição da arte académica e tinham uma grande admiração pela arte abstracta.O objectivo máximo era o escândalo: o Dadaísmo procurava chocar um público mais ligado a valores tradicionais e libertar a imaginação através da destruição das noções artísticas convencionais. Marcel Duchamp materializa de forma notável estas ideias nos ready-made, objectos comuns elevados à categoria artística, o que implicou um ataque frontal ao próprio conceito de obra de arte. O primeiro ready-made, data de 1913, e era constituído por uma roda de bicicleta colocada em cima de um tamborete. O artista deixa de ser um criador, para passar a ser uma espécie de sacerdote. A sua tarefa é recolher e seleccionar objectos em seu redor, consagrando-os depois como obras de arte.
"A palavra DADA simboliza a relação mais primitiva com a realidade ambiente; uma nova realidade se revela com o Dadaísmo. A vida surge como um conjunto simultâneo de ruídos, de cores e ritmos espirituais, que são transferidos sem alteração para a arte dadaísta, com todas as febres da sua audácia quotidiana e toda a sua brutal realidade" (in, Manifesto DADA, Berlim, 1920).
Apesar da sua curta durabilidade - no período entre guerras, praticamente teria sido esquecido e das críticas realizadas ao movimento, fundamentalmente baseadas na sua ausência de vocação construtiva, teve uma grande importância para a arte do Século XX.
Fez parte de um processo, observado nesse século, da libertação da arte de valores pré-estabelecidos e da procura de experiências e formas expressivas mais apropriadas à expressão do homem moderno e da sua vida, inspirando movimentos posteriores como o Surealismo ou o Imformalismoe também haveria de estar na origem da Arte Conceptual.
Destacam-se: em Berlim, Raoul Haussmann (1886-1971) John Hertfield (1891-1968) e as caricaturas de George Grosz (1893-1959); em Hanôver, Kurt Schwitters (1887-1948); em Colónia, Max Ernest(1891-1976); em Paris, Jean Arp (1888-1966); em Nova Iorque, Francis Picabia (1879-1853), Man Ray(1890-1977) e Marcel Duchamp(1887-1968).
Movimento global: síntese de todas as artes na arquitectura
Contra a sociedade burguesa e o processo científico
Não é racional
Arte lúdica, niilista, intuitiva, impertinente e subversiva
Valorizaram o espontâneo, o primitivo e o inconsciente
Imaginação inventiva e inesgotável
Recurso ao absurdo e incongruente
Retorno do artista ao estatuto de artesão e ao seu anonimato na sociedade
Ausência de compromisso entre arte e o mercado
Estilo individual no ensino da arte

O dadaísmo utilizou técnicas plásticas novas como:
● O ready-made, usado por Marcel Duchamp, e que consistia no deslocamento de um objecto da sua função e do seu local próprios para um outro contexto, puramente estético;
● O object-trouvé (objecto encontrado), que é um elemento tridimensional, colado sobre a tela e combinado, por vezes, com colagem;
● O merzbilder – inventado por Kurt Schwitters, que é uma obra constituída por vários elementos dispares e casuais, extraídos do quotidiano e reunidos numa tela sobre a qual o artista interveio com a cor;
● As fotomontagens, que consistem em integrações de diferentes imagens autónomas numa só;
● Os rayographs (fotografia ou imagem) de Man Ray, que são fotografias executadas sem utilização da máquina fotográfica.
● E outras, reinventadas e combinadas como: a colagem de papéis e a sua montagem no plano com os objects trouvés que possuem relevo.

Piet Mondrian (1872-1944) - Neo-plasticismo (De Stijl)

The Red Tree. c.1909. Oil on canvas. 27 3/8" x 39". Gemeentemuseum, the Hague, Netherlands.

Evolution / Evolutie. 1910/11. Oil on canvas. 178 x 85 cm, 183 x 87.5 cm, 178 x 85 cm. Gemeentemuseum, the Hague, Netherlands.


Still Life with Ginger Jar I. / Stilleven met gemberpot I. 1911/12. Oil on canvas. 65.5 x 75 cm. Gemeentemuseum, the Hague, Netherlands.


Still Life with Ginger Jar II. / Stilleven met gemberpot II. 1911/12. Oil on canvas. 91.5 x 120 cm. Gemeentemuseum, the Hague, Netherlands.


Apple Tree in Flower. / Bloeiende appelboom. Oil on canvas. 78 x 106 cm. Gemeentemuseum, the Hague, Netherlands.


Composition Trees II./ Compositie bomen II. 1912. Oil on canvas. 98 x 65 cm. Gemeentemuseum, the Hague, Netherlands.



Composition No.9, Blue Façade / Compositie nr.9 Blue Façade. 1913/14. Oil on canvas. 95.2 x 67.6 cm. Foundation Beyeler, Basel, Switzerland.





Composition in Color A / Compositie in kleur A. 1917. Oil on canvas. 50 x 44 cm. Rijksmuseum Kröller-Müller, Otterlo, the Netherlands.



Composition with Red, Blue and Yellowish-Green / Compositie met rood, blauw en geel-groen. 1920. Oil on canvas. 67 x 57 cm. Wilhelm-Hack-Museum, Ludwigshafen am Rhein, Germany.

Tableau I. 1921. Oil on canvas. 96.5 x 60.5 cm. Museum Ludwig, Cologne, Germany.



Composition 2./ Compositie 2. 1922. Oil on canvas. 55.5 x 53.5 cm. The Solomon R. Guggebheim Museum, New York, NY, USA.



Composition II with Black Lines. / Compositie nr.2 met swarte lijnen. 1930. Oil on canvas. 50 x 51 cm. Stedelijk Van Abbe Museum, Eindhoven, the Netherlands.



14Composition with Two Lines / Compositie met twee lijnen. 1931. Oilon canvas, diagonal 114 cm. Stedelijk Museum, Amsterdam, Netherlands



Broadway Boogie-Woogie. 1942/43. Oil on canvas. 127 x 127 cm. The Museum of Modern Arts, New York, NY, USA.